A Second Collapse - Blood Taste- EP 05







Audrey começou a ler o livro que Carlile havia escrito e que ela havia pego sem que ele percebesse. Era um livro com crônicas e poesias de amor, dizendo a solidão que ele sentia, que não suportava o que ele chamava de “karma”, o fato de nunca ter conseguido sentir o amor para com uma pessoa.


Ela estava encantada e sentindo uma enorme compaixão por ele. Se esses sentimentos eram reais os dois se pareciam mais do que imaginavam. Audrey sempre se sentiu sozinha, incompleta, ninguém retribuiu o amor que ela tinha a oferecer.


Ela se sentia culpada por ter trago Víctor para a casa, desobedecendo uma das regras de Carlile, por isso estava agindo de forma estranha com ele, tentando não dizer nada além do necessário. Carlile sabia o porquê dela estar tão preocupada e agindo estranhamente, mas não quis interferir.


Carlile entrou no quarto de Audrey a sua procura mas acabou vendo seu livro no quarto.

Ele foi até onde ela estava para questioná-la sobre o livro.

 
Carlile: Audrey!

Audrey: Sim, Sr.Waldorf.


Carlile: Por que pegou o livro na estante que disse para não mexer?


Audrey: Eu...eu… Me Desculpe, eu só vi e me interessei, minha curiosidade falou mais alto, me desculpa…


Carlile: Você sabe o que eu lhe disse caso desobedecesse alguma das regras.

Carlile estava muito irritado, odiava ver sua privacidade sendo violada.



Audrey: Então eu vou ter que…


Carlile: Regras são regras.


Audrey ficou sem chão, teria que sair dali, estava sem ter onde ficar, de novo.


Audrey: Como fui burra...deveria não ter encostado naquele livro…


Audrey: Estou sem ter onde ficar, de novo!... Talvez eu mereça essa vida…

Antes de sair, ela sentiu na necessidade de dizer algo para Carlile.


Audrey: Sr. Waldorf


Carlile: Veio se despedir?
Audrey: Sim, na verdade. E... Mas quero lhe dizer algumas coisas antes…

Carlile podia simplesmente ler a mente de Audrey, mas queria ouvir por ela.

Carlile: Diga. Seja rápida por favor.


Audrey: Bem, primeiramente gostaria de pedir desculpas por ter pego o livro. Mas não me arrependo de ter lido.
Carlile: Como é?
Audrey: É um belo livro… ok, fala sobre solidão, mas consegue ser belo.Me identifiquei de certa forma com as palavras. O senhor escreve bem.
Carlile:...
Audrey: E senhor, eu tenho algo a confessar. Mesmo que eu esteja saindo daqui, mas sinto que tenho que ser honesta.


Carlile: O que quer me contar além de tudo isso?
Audrey: Víctor, o homem o qual o senhor estava fazendo negócios veio e conversou comigo. Eu meio que continuei a conversa sabendo que era contra suas regras. Mas me enganei com o caráter dele. Sinto muito. Muito mesmo. Por tudo.
Carlile:...
Audrey: E...Obrigada pela oportunidade. Por tudo. Sinto muito por ter estragado tudo. Foi bom estar aqui.


Audrey se vira para ir embora.



Carlile: Audrey.
Audrey: Sim?..
Carlile: Só uma pergunta; por que resolveu me contar tudo isso?
Audrey: Gosto de ser sincera. Ser boa, principalmente com quem é bom comigo.
Carlile:...
Audrey sai dali para ir embora.


Carlile aparece na sua frente.

Audrey: Como você..?
Carlile: Você poderá continuar aqui. Mas terá regras novas.
Audrey: Mas Sr Waldorf...
Carlile: Você aceitará as novas regras?
Audrey: Sim! E eu prometo não fazer nada contra o senhor ou contra as regras. Mas como…?


Carlile: As regras sobre o cuidado com a casa permanecem as mesmas, mas as novas regras são as seguintes:
       Você ficará aqui por 6 meses, e nesse tempo eu irei lhe explicar algumas coisas. No fim, você decide se irá ficar ou não.
       Iremos fazer nossas refeições noturnas a mesa.
       Poderá e deverá se socializar comigo.
       Desde já, me chame de Carlile.
E então? Aceita ficar aqui nessas condições?
Audrey: Sim senhor Waldorf… digo, Carlile.
Carlile: Ok. Fico feliz que tenha decidido a permanecer aqui.
Audrey: Eu também.
Carlile: Ok. E Audrey.
Audrey: Sim?..


Carlile: Recomendo que comece a ler os livros da prateleira de cima. Faz parte do que precisa entender.
Audrey: Ok, obrigada!
Carlile: …

Carlile queria se tornar mais próximo dela, ele sentia que precisava ficar perto dela e conhecê-la.





Dias se passaram e os dois estavam cada vez mais próximos.


Carlile:O que aconteceu com você que a fez ir parar onde eu te encontrei?

Audrey ficou um pouco constrangida de relembrar onde ela estava quando conheceu Carlile, e a visão que ela pensava que ele tinha dela.

Audrey: Bem, muitas coisas aconteceram...eu… Perdi literalmente tudo nestes últimos anos, família, casa, emprego. Não consegui emprego depois que me demiti. Tinha uma amiga que sempre me encontrava em mansões, e ela me dizia que tudo era dela. Quando fui despejada, sem literalmente um tostão, pedi ajuda para ela. Daí ela me disse o que fazia, e me ofereceu o emp… tudo aquilo. Daí eu fui… ser… hum… bem…
Carlile: Uma prostituta?..


Audrey: Sr. Waldorf… Carlile, me desculpa se estou sendo atrevida, ou algo do tipo. Mas, não quero que o senhor tenha uma visão errada de mim. Eu sei que parecia que eu tinha escolhas, eu realmente tinha. Mas eu só me via morrendo por aí. Eu recusei no início, mas ouvi tiros e fiquei com medo de morrer… eu só… só fui me dar conta em que havia me metido pouco tempo antes de… você chegar. Quando aquele cara me puxou, eu estava pensando em como iria ter que correr para fugir dali… mas daí…
Carlile: Eu apareci e escolhi você.
Audrey: …. Sim….
Carlile: Eu escolhi você aquele dia, e não me arrependo. Não tenho a visão que você pensa que tenho sobre você. E acho que você talvez tenha a  visão errada sobre mim. Já que estamos conversando sobre, quero deixar claro que…


Audrey: O senhor não precisa me explicar, juro. Não deve explicações para mim.
Carlile: Rsrs Por você dizer desse modo, eu vejo que realmente tem uma visão diferente do que eu gostaria e distorcida da realidade. Não te trouxe aqui para ter relações sexuais com você. Você apenas me chamou a atenção e eu a trouxe para cá com outro objetivo. Mas os planos mudaram, e então, você se tornou a mais nova moradora desta casa.

Audrey estava confusa, pois se Carlile não fazia isso de trazer as garotas do Fred para dormir com elas, o que ele fazia?

Audrey: Me desculpe a ousadia mas, se você não me trouxe aqui para… por que me trouxe?
A campainha toca, ele sabia quem era.



Carlile: Há coisas que você ainda tem que descobrir. Entender. Aprender. Sobre mim e tudo mais. É por isso que te pedi os seis meses. Preciso que compreenda mais… mais. Tudo no tempo certo. No seu tempo.

Carlile vai atender a porta.


Carlile: O que aconteceu?
Ketrina: Olá para você também. Realmente odeio que consiga fazer isso, ler a minha mente.
Carlile: Por que está aqui?


Ketrina: Por que você está com uma humana aqui?
Carlile: …
Ketrina: Esqueceu que eu posso sentir, não como você é claro, mas eu posso.
Carlile: Não interessa a você o que faço aqui, em minha casa.
Ketrina: Eu sei, mas pensei que seria mais leal a mim.
Carlile: Minha lealdade a você está intacta.
Ketrina: Um humano acabou com minha vida, talvez seria melhor você parar de subestimá-los.
Carlile: Não os subestimo.



Ketrina: Não vai me convidar para entrar?
Carlile: Ainda não me disse o que quer e porquê está aqui.
Ketrina: Me acharam.
Carlile: Quem?
Ketrina: Os mensageiros.
Carlile: Hemelia e Victor. Então por isso estavam vindo aqui por estes dias dizendo que queriam que eu assumisse. Estranhei que vieram aqui apenas para falar desse assunto em particular.

Ketrina: Devem pensar que você sabia onde eu estava.
Carlile: Você vindo aqui não ajuda. Não quero ter problemas.
Ketrina: Você pode ser o rei de tudo, apenas ordene que eu fique.
Carlile: Sabe que eu não concordo com o que você fez. Não sou rei de ninguém. Quando me refiro a criar problemas, digo que, não quero ter que arrancar pescoços hoje, nem amanhã.
Ketrina: Carlile eu sei que não concorda com o que fiz. Sei que não deveria ter conjurado aquele feitiço para tentar, você sabe, ser como você. Mas eu preciso de um lugar para ficar, pelo menos por um tempo. Posso lhe ajudar com alguma coisa, apenas me diga o que, assim poderemos ficar quites em relação ao passado.

Havia um coisa em especial que Carlile pensou, que ele gostaria, e então resolveu aceitar a oferta de Ketrina. Ele contou a ela o que queria, e fez com que ela prometesse seu silêncio.


Ketrina: É isso que quer? Rsrsrs


Carlile: Sim.
Ketrina: Ok então…





Audrey viu uma belíssima garota sentada no sofá, olhando fixamente para Carlile. Cada curva parecia ser perfeitamente desenhado. Seus cabelos milimetricamente alinhados.


Carlile: Audrey, essa é Ketrina uma…
Ketrina: Grande amiga de uma longa data.
Carlile: Ela ficará conosco e te ajudará em algumas questões. Mostre-a o quarto por favor.

Audrey: Aquele quarto?
Carlile: Sim, ele mesmo.

Continua





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