This is Too Weird - Blood Taste - EP 02





Carlile: Ok. As regras são simples:
       Acorde antes das seis
       A casa deverá estar limpa antes das 12.
       Não me perturbe
       Faça duas refeições apenas na hora do jantar. Uma para você, e outra deverá ser entregue as mim em meu quarto. Ou então eu mesmo desço e farei as refeições com você.
       Você poderá comer em outros horários mas não faça nada para mim a não ser o jantar, pois eu faço minhas outras refeições em outros lugares.
       Nenhum espelho é permitido nessa casa, exceto em seu quarto
       Jamais entre no quarto que esteve ontem, e em meu quarto.
       Não vá ao sótão!
       Você apenas poderá andar nos dois andares: o primeiro e o segundo, nunca o terceiro, nem o sótão
       Deverá sempre usar seu uniforme. Já o coloquei em seu guarda-roupa antes que acordasse.
       O banheiro que deve usar é o do seu quarto apenas.
       Usualmente recebo visitas. Não troque nem sequer uma palavra com eles, por mais que eles se dirijam a você
       Quando eu trouxer alguém no meio da noite, não ouse entrar no quarto.
       Não me incomode com coisas tolas
       Não me questione sobre essas regras e principalmente: não desobedeça nenhuma. Se caso o fizer, estará na rua.
Estamos acertados?




Audrey: Sim…( caramba! Quantas regras… mas estou grata por isso, ter conseguido um lugar para morar enquanto isso, comida e… bem, uma pessoa que parece não querer meu mal)

Carlile: Ah sim, e antes que eu me esqueça, se quiser sair para algum lugar, me avise antes. Não saia antes de me perguntar.
Audrey:...

Carlile: Tenho negócios a tratar na cidade. Enquanto isso, cuide de seus trabalhos.




Audrey achou sim muitas regras, mas estava feliz em ter um teto sobre sua cabeça enquanto procurava outro trabalho.

Audrey: Eu…


Carlile: Diga.
Audrey: Como devo chamá-lo?



Carlile: Sr. Walldorf.

Carlile saiu e Audrey ficou em casa arrumando-a





Fotos e fotos. Assim foram dias e dias…














Jantar. Carlile havia descido para jantar com Audrey




Carlile:....
Audrey: Sr. Waldorf?..
Carlile: Fale.
Audrey: Bem, eu sei que não combinamos do senhor me pagar um salário mas… Eu preciso de algumas coisas, e eu…
Carlile: Não estou lhe dando uma boa moradia e bom alimento?


Audrey: Sim…
Carlile: Então qual é o problema?
Audrey: Sr. Waldorf, eu preciso de um computador por exemplo, para ver oportunidades de emprego, esse tipo de coisa.
Carlile: Então não quer ficar aqui?
Audrey: Sr. Waldorf, com todo respeito, eu não posso ficar aqui pra sempre. Eu tenho meus sonhos. Agradeço por tudo que fez mas… não acho que eu queira ficar aqui pra sempre.

Carlile: Interessante…
Audrey: Não, não foi o que eu quis dizer…



Carlile: O jantar estava agradável. Agora se me dá licença…


Audrey:...( Droga, falei cedo de mais)





Carlile vai para o quarto. Ele já estava a quase um mês sem se alimentar adequadamente. Mesmo que sua outra parte, o mantesse em equilíbrio, sua parte sedenta por sangue o fazia querer sempre mais… 


Ele não estava mais conseguindo ficar perto de Audrey sem visualizar bebendo de seu sangue. Ele precisava de alimento.




Carlile desce as escadas e vai falar com Audrey.

Carlile: Audrey, vou sair e logo volto.
Audrey: Ok, Sr Carlile.


Carlile sai, e Audrey fica em casa, terminando seus afazeres. Carlile não demora e logo volta para casa, mas dessa vez, com uma companhia...





Ele chama Audrey, que logo ao chegar, se espanta ao ver Carlile acompanhado por uma das “garotas do Fred”. Ela ficou receosa, pois não sabia que Carlile frequentava esse tipo de lugar usualmente, pensava que o encontro dos dois foi algo incomum, e não obra da rotina dele. E pensar Carlile dormindo com uma das garotas era no mínimo incômodo.



Audrey: Sr...Sr Waldorf.
Carlile: Audrey, mostre para ela o quarto onde te levei daquela vez…


Audrey: Sim senhor…( não pensava que ele era esse tipo de pessoa, pelo menos não depois desse tempo que passei aqui)
Carlile: Não deixe ela vagando por aqui.

Clarissa: “Ela” está aqui.
Carlile: Vá para o quarto, Audrey irá te ajudar. Se apronte rápido, odeio esperar.
Clarissa: Sim senhor. Hahaha





Audrey: Vem, fica no andar de cima.
Clarissa: Ok..




Audrey a leva até o quarto.




Clarissa: Uau! Adorei!
Audrey: Sim, é bem bonito.( Não havia reparado o quão bonito ele é… talvez devido as circunstâncias em que estava da última vez que pisei aqui)



Clarissa: Bem Audrey, quem é você na fila do pão? Hahaha
Audrey: O que?
Clarissa: Qual é?!.. hahaha Você é a que estava como prêmio algumas noites atrás! Fed quase matou Carlile por isso… Mas agora sabemos onde você está. Faço questão de contar para Fred.


Audrey: Por favor! Não faça isso!
Clarissa: Por que não faria isso?
Audrey: E por que faria?




Clarissa: Você sabe quantas garotas não queriam estar no seu lugar? Carlile nunca fez isso com nenhuma de nós. Mas mesmo assim, todas sonham em chamar a atenção dele, e você conseguiu isso de primeira. De primeira levou uma nota preta e ainda por cima está vivendo aqui…
Audrey: Eu…




Clarissa: Você está ferrada… Tic tac… logo logo você estará fora, e eu dentro…

Carlile aparece.




Carlile: Pode ir agora Audrey.
Audrey: Ok…




Audrey estava com medo de ser “substituída” por aquela garota descarada. Então ela aproveitou para ir tomar um banho para espairecer enquanto Carlile estaria “ocupado”.



Clarissa: Sabe senhor Carlile, fico feliz que finalmente tenha me notado… sempre quis sua atenção mas parece que as garotas sempre foram tão  injustas comigo...
Carlile: Clarissa, quieta.



Clarissa: Olha! Sabe meu verdadeiro nome... então está mais interessado do que imaginei…


Carlile: Sabe o que eu mais odeio nas pessoas?


Clarissa: Eu não sei… a roupa delas talvez?
Carlile: Odeio quando desrespeitam minha casa.
Clarisse: Mas Carlile, eu nunca…


Carlile: Acha que eu não ouvi sua ridícula tentativa de intimidar a Audrey?
Clarisse: Ela não merece tudo isso.
Carlile: É isso que eu odeio em vocês, todos cheios de si. Querendo o que o outro tem e dispostos a dar uma rasteira ou fazer qualquer outra coisa para conseguir o que querem.


Clarissa: Carlile, não precisa ser assim…
Carlile: Como sabe meu nome?
Clarissa: Bem… sua empregada tão amada me disse para chamar você assim…



Carlile: Mentira.
Clarisse: Por que não pergunta a ela?



Carlile: Porque eu sei o que foi ou não foi dito apenas ao olhar para seus olhos.



Carlile: Clarissa, a partir de agora você não se mexe, e nem Fala nada.
Ela acena com a cabeça em silêncio.
Carlile: Mas você vai ser diferente. Não vai ser como as outras. Quero que permaneça consciente, sinta a dor. E diferentemente das outras, você não vai viver depois disso.



Clarissa se sente apavorada mas não consegue se mover nem dizer algo, tudo isso piora quando ela vê sua real forma.
Carlile: Espero que seu sangue não seja tão amargo quanto sua alma.




Carlile bebe até a última gota.


Carlile: Sinto-me revigorado.













Alguns dias Depois…





Audrey estava começando a gostar da companhia de Carlile, apesar que eles mal trocavam algumas poucas palavras. Ela estava feliz que a garota não havia conseguido ficar em seu lugar.



Audrey resolveu fazer uma surpresa para Carlile. Preparou um café e foi dar para ele,, que se encontrava o dia inteiro no "escritório".

Audrey: Com licença …



Carlile: Eu não a requisitei.
Audrey: Eu sei sr. Waldorf, é que eu fiz um café e como o senhor ficou o dia todo aqui, pensei que queria algo para beber. 
Carlile: Não, obrigado. Não é minha bebida favorita. Além do mais, já estou tomando vinho.



Audrey: Ah sim… bem, se quiser que eu prepare sua bebida favorita é só dizer que eu…
Carlile: Eu digo Audrey. Obrigado.


Audrey voltou um pouco frustrada, pensou que nesse momento se criaria uma oportunidade para os dois terem uma conversa normal. Ela estava bem, fisicamente, mas queria “contato humano”, uma real conversa.



Então ela, depois de limpar algumas coisas, ela se aproximou das estantes cheias de livros daquela mansão. Como estava entediada, resolveu tirar alguns dali, o que a surpreendeu ao perceber o tanto que eles pareciam velhos, de outra era.







Alguns títulos a chamaram atenção:
“Contos vampíricos: Edição limitada com os 10 volumes!”, “Absorvendo energia da matéria”, “Como canalizar forças da natureza”, “Sedento, a arte do controle". Ela estava olhando curiosa para todos aqueles livros quando sem que percebesse, Carlile estava ao seu lado a observando.



Audrey: Ha-ham… Me Desculpe Sr. Waldorf. Apenas quero ler algo e comecei a olhar as estantes.



Carlile: É fã de literatura clássica?
Audrey: Bem, se contar Romeu e Julieta, Orgulho e Preconceito, sou uma grande fã.
Carlile: Então a estante atrás de você será a mais adequada.
Audrey: Sim… Se posso perguntar, estes livros são antigos mesmo?

Carlile: Sim, são de família. Venho de uma família de escritores.

Carlile estava preocupado que Audrey lesse alguns dos livros que ali estavam e suspeitar de alguma coisa.

Audrey: Um família de escritores de fantasia e mistérios? Rsrs
Carlile: Sim, dentre outros estilos. Minha linhagem é bastante extensa, então há livros onde afirmam coisas como lendas que hoje conhecemos.
Audrey: Ah sim, como estes ali, sobre contos vampíricos, ou então estes “ensinando” a canalizar energia e tudo mais.
Carlile: Sim, claro. São um deles.
Audrey: Sr. Waldorf, eu posso pegar alguns para ler no tempo vago?


Carlile: Sim. Menos os desta estante. Eles estão velhos, são de família e eu não quero que os estrague, ou corra este risco.

Audrey: Obrigada!


Carlile: Apenas tome cuidado e guarde-os quando acabar.
Audrey: Sim, farei isso…


Continua




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