New Roads-ÚLTIMA TEMPORADA - EP 43

Depois de séculos, estamos de volta! Vocês perceberão a mudança de aparência de alguns personagens por aqui. Esclareci isso melhor em um post em nossa página! >https://www.facebook.com/olegadodekeylah/?ref=bookmarks

Haviam se passado dez meses desde os acontecimentos passados. Keylah estava a todo vapor com seu novo negócio: um estúdio de fotografia. Nos últimos três meses ela acabou tendo que passar um tempo na cidade para resolver alguns assuntos sobre a abertura de mais um estúdio fotográfico de seu negócio. Nesse tempo ela havia ficado em um hotel, mesmo que Arthur, que estava na cidade aproveitando a companhia de Keylah e cuidando de seu projeto, tivesse insistido para que ela ficasse em seu apartamento.

Depois de ver que demoraria um tempo indeterminado na cidade grande, e gostando de ficar ali, Keylah decidiu que era hora de se estabelecer. Então, passou as últimas semanas mobiliando seu mais novo apartamento, do qual ela estava orgulhosa, mesmo que a designer de interiores tivesse feito a maior parte do trabalho.

Keylah convidou Arthur para que fosse, juntamente com ela, visitar seu novo apartamento, este último que ele ainda não tinha visto.

_ Tu sabes que poderia ter ficado no meu apartamento comigo, não sabe?- Arthur pergunta

_Eu sei que sim Arthur, tu já me disse isso repetidas vezes. 

Ambos dão um sorriso. Indo na direção de um banco para se sentarem.

_ Arthur, eu sei que fica preocupado. Eu agradeço, mas eu vou ficar bem!

_ Eu sei que vai... eu só... Esperava que você ficasse no meu apê comigo. 

_ Mas Arthur...

Ele a interrompe dizendo: 

_ Olha, é por puro egoísmo - ele sorri- Eu só  queria estar perto de você por mais tempo. Nossas vidas têm sido tão corridas desde que nós...- ele faz uma pausa, tomando cautela.

_ Desde que estamos juntos?

_Sim...-ele sorri novamente olhando profundamente nos olhos dela.

_Eu sei, mas ei!...- Keylah segura em suas mãos- Prometo que vamos ter sempre um tempo um para o outro, mesmo com essa loucura de rotina.

_Eu sei, é só que...

_"Só que" o quê?..._ Keylah pergunta levemente

_ Você tem que parar de olhar pra mim desse jeito para que eu possa concluir a sentença...

_ Olhar de que jeito?- Keylah pergunta, aproximando seu rosto do de Arthur

Quando Arthur está prestes a beijá-la, Keylah começa a fazer cócegas em Arthur.

_Ok, ok! Pare por favor! -Arthur diz em meio a gargalhadas.

_ Okay, eu paro...

No mesmo instante Arthur dá sua revanche, fazendo cócegas em Keylah também.

_Okay... eu me rendo- diz Keylah

_ Olha... além do mais, tu pode me visitar a hora que quiser. Aqui é bem pertinho do seu enoooorme apartamento.

Keylah usa um tom exagerado, uma vez que ficou fascinada com o tamanho do lugar quando o visitou pela primeira vez.

_Ah para... nem é tão grande assim.

Keylah lança um olhar a Arthur que o faz sorrir.

_Ok, Arthur eu tenho que te dizer que gosto muito, muito mesmo de você, mas falsa modéstia não lhe cai bem.

_ Você é muito engraçadinha, sabia?! - Arthur a abraça- Além do mais, você sabe que não gosto tanto dele. É muito grande. Me sinto um nada dentro daquele lugar. Por isso, dentre outros motivos, seria bom ter você morando lá comigo.

_ Seus pais te deram ele quando mesmo?

_ Foi um presente quando fiz 21. Mas claramente eles não entendem meu estilo.

Keylah sorri para ele. E de repente se levanta.

_Vem! Não podemos demorar para ver o apartamento. Não quero te atrasar para sua reunião! E além do mais está ficando tarde! 

_ Ok...

_ Só me prometa não olhar até eu falar que pode, ok?!

_Ok...- Arthur sorri.

_Promete então que não vai bisbilhotar!

_ Keylah! _ Arthur fala entre sorrisos- Você não confia em mim?

_ Nadinha!

Eles vão até o prédio correspondente, entram no elevador e vão até ao andar. Keylah havia esquecido de trazer uma venda ou algo do tipo, então faz com que Arthur fique de costas quando entra no apartamento.

_ Ok, não se vire ainda!

_ Por que não? - ele sorri- nós já entramos!

_ Sim, mas tem que ter o momento de suspense! - Keylah fala, animada.

_ Ei! Você prometeu não olhar!

_ Desculpa! - ele dá uma gargalhada quando Keylah dá um leve tapa em seu ombro.

Os dois se viram. Arthur a abraça.

_ É lindo!- ele diz

_ Você realmente achou bonito?- Keylah pergunta.

_ Claro que sim! É maravilhoso! Eu adorei!

_ Também gostei... só acho que está faltando alguma coisa...

_ Keylah...

_ Eu sei! Eu sei... Talvez seja a falta que ela faz...

_ Você não teve notícias dela esses dias?

_ Não. A Jess ignorou todos meus telefonemas. Deixei recados dizendo sobre vir pra cidade, sobre estar abrindo meu segundo estúdio, e nada... Até mesmo quando falei do apartamento, dando a desculpa que precisava dos conselhos e do bom gosto dela, ela não me respondeu.

_ Eu sinto muito.

_ Eu só sinto a falta dela. Queria saber se ela está bem- Keylah diz.

_ Eu sei. Eu também sinto falta dela. Mas ela vai acabar dando notícias. Ela está bem.

_ Como pode ter tanta certeza?

_ Keylah... Nós dois sabemos e conhecemos a Jess. A morte do Greg foi uma coisa dura para ela, mas ela com certeza vai passar por cima. Ela vai aparecer assim que ela se sentir confortável. Fique tranquila.

_ Mas já se passaram oito meses!- Keylah retruca

_ Sim mas...

_ Cada um tem sua relação com a perda....

_ Sim.

Keylah se vira e dá um leve beijo em Arthur. E como quem apaga uma lousa, muda de assunto rapidamente.

_ Então... Pronto para ver meu quarto?

_ Claro que sim!

Desde a morte de Greg Jess e Cristy tentavam seguir com sua vida. O que era para ser apenas uma semana ou duas longe de casa acabaram virando meses e uma adição a família: Pipoca. Muito da "culpa" disso foi as mensagens ameaçadoras que Jess andou recebendo sobre a guarda de Cristy que ainda estava correndo na justiça. Essas ameaças diziam que Jess nunca teria Cristy para ela, e eram esporadicamente enviadas à ela por cartas sem remetente, sms de número privado e etc. Mas estas mensagens se tornaram sérias para Jess quando ela recebeu uma intimação judicial dizendo que alguém de nome Jacob reivindicava a guarda de Cristy. O fato é que ela, Cristy, não tinha nenhum parente vivo, o que tornava isso tudo menos claro. As mensagens ameaçadoras, depois de um detetive pago por Jess, foram descobertas vindas de uma pequena cidade. Jess foi para a pequena cidade como fim de acabar logo com isso, e foi onde recebeu essa tal notificação. Ela de certa forma estava feliz por estar ali, um lugar tão calmo. Jess tinha começado a encontrar paz ali, mesmo que todo dia chorasse, sentindo fato de seu ex-noivo, lembrança essa que fez questão de marcar, em seu corpo fazendo uma tatuagem em seu ombro.

Jess havia levado Cristy para o parque para uma volta, sem saber que alguém as observava.

_ Cristy, por favor, não deixe o Pipoca rolar na terra de novo, você sabe o trabalho que foi dar banho nele.

_ Ok mãe, pode deixar- Cristy já estava habituada em chamá-la assim- Você é meu garotão, não é Pipoca?!

Cristy estava bem empolgada com o novo bichinho de estimação que haviam adotado.

_ Vem Pipoca! Vem correr comigo! -Cristy diz, correndo em direção da praia.

_ Tomem cuidado! Não corra tão rápido! Cuidado para não tropeçar!!

_ Tudo bem Jess!!!!- Cristy diz sorrindo- Vem Pipoca!

Jess olha com amor para Cristy, a quem aprendeu a amar incondicionalmente, de uma maneira que nunca achou possível. Jess sabia que mesmo ela não sendo sua filha de sangue, ela era sua filha, e ninguém poderia dizer o contrário. de uma coisa Jess tem certeza: se preciso for ela VAI LUTAR com unhas e dentes por sua filha.

Jess estava com uma sensação estranha de que estava sendo observada, então se vira.

"Estranho...Eu jurava que tinha alguém ali." Jess pensou.

_ Vem Jess! -

_ Já estou indo meu amor!- Disse, Jess, correndo de encontro a Cristy.

Em algum lugar muito sujo e nada agradável...

A porta se abre e alguém entra.

_ Olá minha pequena Stapelia... - diz o homem- Conseguiu o que eu queria dessa vez?

A outra pessoa, de braços tatuados, se mantém em silêncio e o homem, que sempre tem como companheiro seu sorriso cínico, diz:

_Stapelia... O que eu faço com você minha querida flor?... Já será a segunda vez que você me desaponta...

_ Talvez possa parar de me chamar de Stapelia, esse não é meu nome, e você sabe disso.

_ E talvez você deva ser menos atrevida Stapelia! E deveria ser mais agradecida, pelo teto em sua cabeça e por minha extrema bondade e pela... simpatia que tenho por você e não acabar com sua vida nesse exato momento.

_ Olha, eu fiz o que me pediu, mas pelo jeito ninguém quer mais de qualidade ruim. Contaram que o Kléerson morreu por essa merda! Contaram pra geral! Agora ninguém mais quer comprar!

_ E me diga; o que eu tenho a ver com isso?

_ Eu... eu pelo menos acertei a dívida com o Jorge.

_ E ele pagou?- Cada vez mais o sorriso sumia dos lábios daquele homem.

_ Não em dinheiro, mas tenho certeza que não vai criar outra dívida tão cedo.

Ele fica em silêncio.

_ Por favor... Você sabe que eu não tive nada a ver com...

_ Nada a ver com o que? Você é minha segunda mão. Eu confiei em você e me parece que você vive me decepcionando cada vez mais e mais Stapelia. Vamos ter que nos acertar...

_ Eu preciso! Você sabe! Não pode...

- Não posso o que?

_ Desculpa.... Eu só...

_ Se não faz seu serviço direito, não ganha nada. 

_ Talvez haja outra maneira de pagar você... - ela o olha com malícia.

Ele sorri quando a vê o provocando.

_ Não se garanta tão rápido mocinha...

_ Eu sei que você gostou muito desde a última vez...

Ele volta a ficar sério, entrando na onda.

_ Você vai me dar quando eu acabar, não é?- ela diz, sedenta devido ao seu vício.

_Concentre-se primeiro no seu trabalho garota, depois no prêmio!

_ Pode deixar... chefe...

_ E ei! - ele puxa os cabelos dela com violência- Não pense que eu sou estúpido o suficiente pra não saber que você anda dando suas escapadas por aí. Eu não sou trouxa Stapelia! Me entendeu bem?

_Sim, eu entendi!!

_ Não me faça ter que repetir de novo. Se me aprontar uma, eu acabo com você!

_ Eu jamais faria isso com você!...

Ele solta os cabelos dela.

_ Agora volte a relaxar...- ela disse- Aproveite o momento...

Quando eles acabam a relação física. Ele já menciona o que ela realmente quer, sabendo exatamente que o que havia rolado ali não era nada mais nada menos que uma luta daquela garota para alimentar seu vício.

_ Tem uma carreira em cima da pia. É toda sua...- Ele diz.

Ela ingere todo aquela substância, sentindo seu corpo se cortar, e adorando aquela sensação terrível.

_ Se sente melhor?- ele pergunta, sem realmente querer saber a verdade ou ligar para ela.

_ Muito melhor! - Ela diz, já sobre o efeito da droga.

_ Ótimo! Tenho mais um serviço para você.

Mais tarde no mais novo apartamento de Keylah:

_ Então você disse que achava eles gostosos?-Arthur ri.

_ Não ria disso!- Keylah diz contendo seu sorriso- Ela me perguntou se eu queria "pillows" de brinde para a inauguração do apartamento, e eu nem me toquei que ela falava de almofadas! Eu pensei que era algo de comer! A designer falou isso bem na hora do almoço...

_ Okay, isso foi demais!- Arthur ainda tenta conter seu sorriso.

_ Sabe o que é demais?- Keylah diz, se ajeitando na cama, juntamente com Arthur.

_ O que?

_ Isso. Eu e você, juntos... aqui.

Arthur sorri, acariciando o rosto de Keylah.

_ Preciso dizer que as vezes me sinto como se houvéssemos vencido uma guerra para ficarmos juntos.

_ E não foi?- ambos sorriem.

_ Eu só sei que amo estar aqui com você e ser sua pessoa. A pessoa que você escolheu dividir momentos importantes como esses daqui.

Keylah não consegue dizer muita coisa, apenas sentir o momento.

O celular de Arthur toca, era um dos empresários do ramo alimentício com quem ele tinha marcado uma reunião. Arthur apenas joga o celular de lado.

_ Arthur!- keylah diz.

_ O que foi?

_ Era a reunião! Você não pode simplesmente jogar o celular de lado e ignorar tudo!

_ Eu sei.. é que está tudo tão bom aqui com você... Não quero falar de negócios agora.

_ Eu também não quero, mas você sabe que tem que ir não é?... Você lutou tanto para conseguir uma reunião com esse cara! Não pode deixar passar assim...

Keylah sabia o tanto que Arthur estava empenhado em começar seu próprio negócio, mas também sabia o quanto ele estava com medo dessa decisão e o quanto precisava de seu apoio, e de um empurrãozinho, para ir em frente.

_ Eu sei, mas será que eu não posso ficar aqui só mais um pouquinho? Essa cama com você aqui, está tudo de bom- ele se vira deitando na cama, sempre com um sorriso no rosto.

_ Arthur! - Keylah parte para cima dele em meio a sorrisos- Levanta! Você não pode dormir agora seu bobo!

 Eles ficam em silêncio, e Keylah percebe o quanto ele está apavorado.

_ Olha, eu sei que está com medo, e é totalmente normal, é compreensível.

_ Eu sei, é que parece tão bobo, sabe?...- Ele diz, com a voz baixa- Sempre foi meu sonho, mas ao mesmo tempo parece que eu vou ferrar com tudo! Estou em uma fase da minha que eu estou adorando, não quero estragar tudo.

_ Ei, eu te entendo. Foi assim quando resolvi largar mão da pintura e me entregar para a fotografia. Mas você não vai ferrar nada e muito menos estragar alguma coisa.

Arthur se vira, abraçando Keylah.

_ Eu sei...- ele dá um beijo na testa de Keylah- Obrigada por tudo, sério mesmo. Eu aprecio muito isso.

_ Estou aqui para isso, e você sabe que pode contar sempre comigo.

_ Eu sei.

Eles ficam conversando ali por alguns minutos a mais até que Arthur recebe uma segunda mensagem do homem de negócios, confirmando o local e o horário da então reunião.

_ É, acho que infelizmente está na hora de ir.

Keylah sorri, e ambos se levantam, indo até a sala para se despedirem, já que Keylah ficara por ali mesmo, em seu apartamento.

_ Me promete que vai vir mais vezes e que vamos arrumar um tempo nas nossas agendas malucas pra passarmos uma tarde inteira aqui?- Keylah diz no ouvido de Arthur.

_ Não precisa falar duas vezes minha branca de neve...- Arthur diz, sorrindo.

_ Eu te ligo assim que acabar a reunião, ok? Daí a gente combina de almoçar em algum lugar bacana amanhã.

_ Ok, tudo bem...

Eles se beijam.

_ Keylah, tu sabe que precisa me deixar ir, não é?..  Arthur diz, enquanto ambos estampam um sorriso doce.

_ Eu sei, só não sei se quero- Ele sorri, e ela o beija- Ok. Vá antes que eu te sequestre.

_ Tchau.. Falo contigo à noite- ele diz, a beijando novamente antes de sair pela porta.

Keylah volta para seu quarto. Ela fica ali pensando em tudo, desde como chegou a este patamar financeiro e profissional até como ela e Arthur conseguiram vencer todas as barreiras, e ela primeira vez, Keylah sentia que estava no lugar certo se tratando de sua vida amorosa.

_ Eu não acredito que isso tudo esteja acontecendo! Obrigada Deus! Obrigada meu querido papai... espero que esteja orgulhoso de mim onde quer que esteja.

_ Isso é tão booooom! - Ela esbraveja, não aguentando tanta felicidade.

De noite, naquele mesmo dia, Jess estava colocando Cristy na cama.

Elas estavam ficando em uma casinha de aluguel caindo aos pedaços, o que não diferenciava muito das outras casas naquele bairro.

_ Ele realmente não pode dormir comigo?- Cristy pergunta.

_ Cristy, já falamos sobre isso. Não vai rolar.

_ Mas ele é tão fofinho!

_ Eu sei. Mas não vou deixar o Pipoca dormir na sua cama com você.

_ Talvez quando a gente voltar pra casa...?

Jess fica sem palavras, sem saber o que dizer, já que não sabia se iria voltar, mas não sabia que Cristy ainda via uma possibilidade de retornar à antiga vida.

_ Ok mocinha, hora de dormir. deixe que te cubro.

_ Boa noite Jess.

_ Boa noite, bons sonhos querida.

Depois de uma oda de pensamentos fortes, Jess resolveu que precisava de uma bebida forte antes de dormir naquela noite.

Mas parece que aquela pessoa havia voltado... E não se afastaria dessa vez.

Jess resolveu dar uma saída, tomar um ar.

Jess sente alguém ali, então se vira.

_Quem é você? - Jess pergunta

CONTINUA...