Blood Taste- EPISÓDIO PILOTO





Audrey Sempre foi uma boa garota desde criança, se esforçando em tudo o que fazia. Mas parece que a sorte nunca esteve do seu lado. Quando ela tinha 10 ano de idade seus pais faleceram e ela ficou aos cuidados de seus tios, sempre muito severos.Tudo piorou quando seus tios tiveram sua filha legítima, deixando Audrey mais de lado do que antes. Quando ela completou seus 18 anos, recebeu o seguro de vida de seus falecido pais, e sem pensar duas vezes se mudou para bem longe.

Começou a morar de aluguel no pior apartamento da cidade, fez este sacrifício para poder investir o dinheiro que seus pais haviam lhe dado, e assim ter um futuro melhor. Um amigo de sua época de escola havia investido seu dinheiro em ações de uma empresa. Como esse universo das ações é lento mas muito eficaz para renda, Audrey conseguiu um emprego de garçonete para se manter.


Cinco anos se passaram e Audrey não viu a cor do dinheiro, e nunca mais verá.
 As ações que seu amigo havia comprado pertenciam a uma empresa fantasma que “trabalhava” para roubar de acionistas e investidores inexperientes. Audrey não entrou com um rochedo pois sabia que o primeiro a ser indagado como suspeito seria seu amigo, o qual ela confiava e sabia que apenas foi inexperientes einfeliz em sua escolha. Ela não queria estragar a vida dele. É muito menos tinha dinheiro para bancar advogados. Ela estava quebrada e ainda por cima, devendo 3 meses de aluguel
 
Todo seu mundo parecia estar de cabeça para baixo, mas Audrey ainda tinha uma pessoa a qual sempre estava ao seu lado, a contagiando com sua alegria, sua amiga desde que chegou na cidade: Tiffany, ou Tiffy, Como ela a chamava. Tiffany era uma garota animada, que sempre estava com Audrey em todos os momentos bons os quais ela se lembrava. Sempre bem vestida, usando roupas de grife, jóias preciosas como acessórios, e sempre que se encontravam, Tiffany estava em uma de suas mansões nos arredores mais luxuosos da cidade. Era ela quem Audrey mais admirava e contava, sua única amiga.

Há uma semana atrás, o síndico do apartamento despejou Audrey, e hoje era o último dia para que ela retirar tudo o que era seu do apartamento. Audrey estava sem dinheiro, pois havia sido demitida do seu antigo emprego de garçonete, e desde então não havia conseguido um emprego. Seus tios, que haviam se mudado para um outro país, não hesitaram em negar uma estadia da sobrinha, ou qualquer outro tipo de ajuda. Então, Audrey resolveu pedir ajuda para a única pessoa que sempre se mostrou disposta a lhe ajudar, sua amiga Tiffy.
 
Audrey foi até ao apartamento de luxo que ultimamente ela e sua amiga vinham se encontrando, pois precisava da ajuda da amiga, seu último recurso.

Audrey toca a campainha, várias vezes até que Tiffany finalmente abre a porta
Tiffany: Audrey??
Audrey: Tiffany, olha eu sei que eu vim sem avisar mas eu realmente preciso falar com você.
Tiffany: Audrey, agora não é uma boa hora!
Audrey: Eu sei eu só preciso realmente falar com você.
Tiffany: Ok! Mas deveria ter avisado que iria vir! Seguinte, me encontre as duas horas lá na praça em frente seu apartamento. Daí a gente conversa, pode ser?
Audrey: Ok, eu irei…- Tiffany mal a espera acabar a frase, entra rapidamente na casa-...aguardar.
Sua mala contendo suas poucas peças de roupa estava em seu então antigo apartamento. Ela tinha até as seis horas para buscá-la, caso contrário, o síndico iria se encarregar de colocar tudo para fora a seu modo. Audrey vai para a praça e espera sua amiga chegar.

Tiffany aparece apressada, se sentando rapidamente onde Audrey estava.

Tiffany: Eu não acredito que você foi lá sem me avisar hoje?!
Audrey: Eu realmente sinto muito. Não sabia que iria te incomodar. Tiffany, eu só precisava falar algo com você, na verdade, eu ainda preciso te contar.
Tiffany: Então diga Audrey! Diga o porquê de ter ido lá em casa hoje sem o mínimo aviso!

Audrey: Eu preciso te pedir um favor. Eu juro! Juro que se não fosse por necessidade, eu não lhe pediria!
Tiffany: Audrey, não teem como eu adivinhar o que é! Você tem que me contar! Anda, bota pra fora!
Audrey: Eu queria saber se eu posso ir morar com você por uns tempos. Juro que não vou te incomodar!
Tiffany: Audrey, eu não posso. Sinto muito, não dá!
Audrey: Tiffany eu prometo não te incomodar! É só por um período curto! Você nem vai notar que eu estou lá! Pode me colocar no quarto da bagunça, se tiver um, que eu durmo lá! Eu só preciso de um lugar…
Tiffany: Não Audrey! Não posso!
Audrey: Tiffy, você é a única pessoa que eu tenho. Eu não tenho dinheiro, emprego e agora não tenho nem teto! Não tenho onde nem passar a noite! Por favor!
Tiffany: Audrey, você não entende. Aquela mansão não é minha.
Audrey: Ok então. Eu posso ficar em qualquer uma das outras que você já me mostrou. Posso trabalhar de graça como sua faxineira, cozinheira ou qualquer outra coisa!
Tiffany: Audrey! Você não entendeu!
Audrey: Tiffany! Eu preciso da sua ajuda! Você é a única pessoa que me restou! Eu não tenho mais o apartamento! Me demitiram!
Tiffany: Você vai conseguir um emprego Audrey ..
Audrey: Já procurei por toda a cidade e fora dela! Pelo jeito não empregam alguém sem diploma. Tiffany, eu não tenho dinheiro nem pra pagar o pior e mais nojento hotel para passar essa noite!
Tiffany: Audrey você não entende, eu realmente não posso te ajudar!
Audrey: Mas você..
Tiffany: Nenhuma daquelas mansões são minhas, ok?! Eu não sou rica!
Audrey: Mas… Mas e todas as roupas de grife? As jóias e… Como conseguia entrar e sair daquelas mansões com todos aqueles empregados sem ser expulsa? Eu não entendo…eu..
Tiffany: Eu meio que trabalho para o dono das mansões…
Audrey: Você é o que? Corretora de imóveis?
Tiffany: Corretora de imóveis? Kkkkk Audrey! Eu sou prostituta!
Audrey: Pros… Prosti…  Como assim? E todas aquelas fotos suas espalhadas naquela mansão em BridgetPort?
Tiffany: Era um velho tarado que gostava de tirar fotos minhas.
Audrey: Eu…
Tiffany: Olha Audrey, há quatro anos atrás eu me vi no seu lugar. Sem esperanças, indefesa e sem ter onde ir. Infelizmente não posso te dar uma mansão como lar. Mas posso te oferecer o que me ofereceram quando eu estava no seu lugar.
Audrey: EU NÃO VOU SER COMO VOCÊ!!!
Tiffany: Ok. Olha, é a única coisa que eu posso te oferecer.

Tiffany pegou um pedaço de papel, escreveu algo e entregou a Audrey.
Tiffany: Aqui está o endereço caso mude de ideia.
Audrey: Eu prefiro morrer!
Tiffany: Você não sabe o que está dizendo… Se for realmente escolher ficar aqui, tome cuidado. As ruas são perigosas a noite.
Tiffany sai. Uma Tiffany que Audrey nunca imaginaria que sua melhor e única amiga fosse. Sua última opção havia esvaido. Ela tenta reunir os cacos de sua vida e bolar alguma maneira de seguir em frente. Então, ela resolve passar em seu apartamento para pegar suas coisas, mas logo toma outro baque quando descobre que o síndico havia jogado suas coisas fora.
Audrey viu o que restava de seu mundo cair, estraçalhar, evaporar. Ela não tinha mais saídas! Não tinha emprego! Não tinha família! Não tinha casa! Não tinha dinheiro! Não tinha uma amiga que conhecesse de verdade! Não tinha nada, nem ao menos uma vida para se importar.
A noite chegou e Audrey resolveu fazer do banco da praça sua cama. Ela tentava negar que a oferta que sua amiga havia feito estava passando em sua cabeça. Mas seu estômago embrulhava só de pensar na possibilidade de se tornar uma pessoa assim. Ela realmente preferia morrer, mas já estava se sentindo morta. Não tinha mais motivos, motivações para lutar. Não tinha forças. Nada dava certo. Então, os tiros que ela escutou próximos dali, a fizeram repensar a proposta.

Audrey bate várias vezes até que sua amiga a atende.

Tiffany: Audrey! Pensei que não viesse!
Audrey: Eu.. eu não tive escolhas…
Tiffany: Eu sei… eu conheço como é se sentir assim, mas vai por mim, tudo vai passar…
Audrey: Tiffy, eu não sei se…
Tiffany: Você vai conseguir! Eu te ajudo a passear por esse perrengue. Somos amigas, certo?!
Audrey: Sim… Eu só não sei se eu vou conseguir fazer isso… Tiffy, eu nunca me imaginei nem cogitando a fazer uma coisa dessas…
Tiffany: Eu sei… ninguém cogita. Nem mesmo eu pensava isso…
Audrey: E… como, como isso funciona?
Tiffany: Da maneira tradicional. Você faz o serviço, o Fred fica com sessenta porcento mas ainda sim é uma boa grana.
Audrey: Espera… você tem cafetão?
Tiffany: Vai por mim, é uma boa quando você precisa de ajuda. Assim você tem como se defender.
Audrey: Tiffany eu não…

Fed chega nervoso por ver Tiffany de papo.
Fred: Tiffany! Sabe que não gosto que fique de papo!
Tiffany: Calma Fred! Ela é uma amiga. Veio pra se tornar uma de nós.
Fred a olha de cima a baixo, fazendo com que Audrey quase vomite.
Fred: Gostosa… tem uma cara mais ou menos… Anos?
Audrey: An?
Fred: Quantos anos você tem garota? Tu é surda?
Audrey: Eu..Tenho...23.
Fred: Tem doença?
Audrey: Eu... não.
Fred: Quantos anos na ativa?
Tiffany: Ela não é.
Fred: É virgem?
Tiffany: Sim.
Fred: Olha Olha… Qual seu nome garota?
Audrey: M-Meu nome.. é... é Audrey.
Fred: Ok… Você vai dar uma nota preta. Seguinte, de agora em diante seu nome é Karina e você tem 25 anos. Fui claro?
Audrey balança a cabeça em tom afirmativo, pois se abrisse a boca para falar, com certeza iria vomitar.
Fred: Tiffany! Passe as regras pra ela. E garota, bem vinda ao time! Chegou bem na hora de trabalhar pro papai! Hahaha
Fred entra, apressado.


Tiffany: Bem, como você é virgem, eles pagam uma nota pra ficar com você primeiro. Então, a gente tem que entrar e te vestir. A roupa é nova, você tem que parecer especial.
Audrey: Eu… vou...igual você certo? Uma pro… de luxo?
Tiffany: Bem, você não pode subir assim… quer dizer, leva tempo. Se você fizer tudo direito, andar na linha, o Fred pode te colocar pra ser de luxo. Dá trabalho. Até porque você tem que fazer valer pra continuar na posição de luxo. Eu mesma tenho que roubar as coisas das esposas,como roupas, jóias e tal. Se eu for pega, ou me encrencar, levo uma semana no limbo.
Audrey: Então eu vou…
Tiffany: Você tem que começar de um lugar… sinto muito. Vem! Temos que nos apressar.

Tiffany “vestiu” sua amiga, e logo saiu para se encontrar novamente com o dono da mansão. Audrey ficou no “Limbo”.
Fred: É garotinha, você vai me render uma nota hoje. E seguinte, vê se bota um sorriso nessa sua cara, antes que eu coloque a força. Você me entendeu?

Fred a ameaça e sai para cuidar de seus “negócios”. Audrey estava atordoada! Começou a se perguntar como havia chegado ali. Como que resolveu aceitar a oferta, que só de pensar a fazia querer morrer. Se a outra opção era essa, ela agora estava disposta a fugir dali e realizar tal ato: se matar. Mas agora era tarde demais para desistir, alguém estava disposto a levar consigo, e estava negociando por isso.
Fred avista o homem com quem tem uma espécie de contrato.
Fred: Você por aqui?.. de novo?
Carlile: Sim… vim atrás de alguma garota de meu agrado.
Fred: Escuta aqui! Temos um acordo mas nele diz que você tem que trazer as garotas em boas condições! A Fernanda e a Juliana estão no hospital!!!.
Carlile: Isso não é um problema meu!
Fred: É a sua sede!! É a sua fome!! Então sim! É seu problema!
Carlile: Quer mesmo ter essa conversa de novo Fred?
Fred: Eu só preciso que cumpra com sua parte o acordo!
Carlile: Eu cumpro. Elas vão ficar bem.
Carlile estava procurando alguma garota que o agradasse. Nenhuma o chamou atenção, exceto uma que estava mais ao canto. Sua áurea parecia diferente das demais.
Carlile: Quem é aquela?- disse Carlile apontando para a garota
Fred: Ela não é pra você com certeza!
Carlile: Não acha que sou eu quem decide isso?
Fred: Não cara! Ela é intocável ainda! Vou ganhar uma nota preta com aquela ali!
Carlile: Pois é ela que eu quero.
Fred: Não mesmo! Sabe quanto as pessoas estão dispostas a pagar poe uma garota virgem?
Carlile: E você? Está disposto a pagar com a vida? Ou estamos de acordo?
Fred: Olha… só trás ela com força, ok?!

Audrey estava pensando em dar o passo para a fuga quando Fred a pega pelo braço e a leva até Carlile.
Fred: O que eu te disse?! Coloca um sorrisinho nessa sua carinha linda! Hahaha Ele quem ganhou você hoje! Hahaha divirtam-se!
Carlile estava observando Audrey, que estava com rios de lágrimas correndo silenciosamente.
Fred com medo de Carlile descontar a falta de animação da garota, e assim não trazer ela com forças, ele levanta a mão para bater nela, mas Carlile diz:
Carlile: Não! Apenas deixe que ela entre no carro.
Audrey, ainda chorando, entra no carro. Carlile apenas a observava, as reações dela, como ela estava se sentindo… o caminho até sua “casa foi silencioso”.

Quando chegaram, Carlile a levou para o quarto e mandou que ela se ajeitasse. Audrey, sem entender, apenas se sentou na beirada da cama, a chorar.
Depois de alguns segundos, Carlile aparece. Ele sentiu que havia algo de diferente naquela garota, e isto estava deixando-o curioso a seu respeito.
Carlile: Me diga, qual seu nome?
Audrey:... Karina.
Carlile: Este não é eu nome, é o nome que aquele inseto te mandou usar. Me diga seu verdadeiro nome.
Audrey: A...Audrey.
Carlile: Audrey.
Carlile notou que Audrey não se mostrava destemida como as outras garotas. Muito pelo contrário, ela se mostrava indefesa, desprotegida, sem vontade de viver, e isto o estava intrigando, por mais que seu instinto predador se alimentasse desses sentimentos, ele sentia que precisava saber o que se passava com ela.
Carlile: Por que está chorando?
Audrey: …
Carlile: Por está chorando?
Audrey: Eu… não era para eu estar aqui..
Carlile: Mas se está aqui é porque escolheu fazer isso.
Audrey: Quando não se tem alternativas, fica difícil não se entregar a única que tem.
Carlile: Todos temos mais alternativas do que acreditamos ter.
Audrey: Se considerar isto que acabou de dizer, eu estava prestes a cometer o que minha segunda alternativa me fornecia, mas então você chegou.
Carlile: Morrer? Essa era sua alternativa?
Audrey se espanta em ver que Carlile foi tão acertivo.
Audrey: Não há mais alternativas além destas para mim.
Carlile: E o que te faz pensar isso?
Audrey: Todos que eu conheço me abandonaram. Todo meu dinheiro e o que restou de minhas coisas me foi roubado. E por fim, toda minha dignidade, força, alegria, motivação e agora minha vontade de viver se foram.
Carlile sente compaixão por Audrey. E ele resolve fazer algo que nunca fez: sacrificar sua sede para tentar entender o que aquela jovem tinha que o deixava tão inquieto.
Carlile: E se eu lhe oferecesse uma oportunidade? Uma oportunidade que regaataria sua vontade de viver?
Audrey: Você não…
Carlile: Não posso fazer algo assim?
Audrey:...
Carlile: Audrey, tenho uma proposta a te fazer. E pelo que pude ouvir, você prefere morrer ao entrar nessa vida. Então, estaria disposta a ouvir o que tenho a dizer?
Audrey acena com a cabeça.
Carlile: Você manterá minha casa em bom estado, limpa. Em troca lhe dou um teto sobre sua cabeça e comida.
Audrey: Não quero ser sua garota de programa.
Carlile: A proposta não foi essa. Não quero você assim, quero que trabalhe para mim, zelando por minha casa, nada mais.
Audrey:...
Carlile: Irá aceitar? Se for contra a proposta, pode se retirar e voltar para o Fred.
Audrey: Eu aceito!
Audrey não pensou duas vezes. Era melhor ser uma empregada do que uma prostituta.
Carlile: Certo. Mostrarei seu aposento. Amanhã lhe darei as normas da casa. Se descumprir alguma delas, irá sair desta casa e não colocará os pés aqui.
Audrey: …
Carlile: Me acompanhe. A levarei até seus aposentos.

Audrey o seguiu até um quadro sem janelas, pequeno mas aconchegante.

Carlile: Este será seu aposento. Providenciarei roupas e seu devido uniforme amanhã cedo. Tenha uma boa noite. Amanhã estabelecerei as normas da casa.
Audrey: ok…

Audrey Hepburn havia ganhado um repentino trabalho para um homem que supostamente iria dormir com ela, mas que se mostrou mais disposto a ajudar do que todos a sua volta os quais Audrey havia pedido ajuda. Mas isso não fez com que ela dormisse com o olho aberto, pensando se tudo aquilo era uma farsa. Bem, ela irá saber tudo no dia seguinte

Continua no próximo Episódio.





Esta é uma nova série que estou trabalhando! Espero que gostem! Não se esqueçam de comentar aqui embaixo para que eu saiba o que acharam da nova série!


































Comentários

  1. Parece interessante. Acho que já sei algumas coisas que poderão acontecer. Continue!!

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